Thursday, May 26, 2005

Quanto vale a liberdade?

Ontem cheguei em casa com essa pergunta na cabeça. Não dá para responder precisamente, mas sei que para mim sempre valeu muito. Talvez pelo fato que eu nunca a tive como quis, e a gente sempre dá mais valor ao que não tem. Eu sei que tenho tanta coisa que milhares de pessoas adorariam ter: casa, comida, família, faculdade, emprego, etc e etc.
Não sei se é uma característica dos arianos ou do ser humano em geral, mas sempre quero mais, não me contento com pouco e acho que sempre posso melhorar e conquistar mais, seja em matéria de dinheiro, emprego, espiritualidade ou de sentimento. Acho que num relacionamento, tanto namoro quanto amizade, podemos sempre crescer, evoluir, se entregar mais àquela pessoa e fazê-la mais feliz.
Mas voltando ao assunto principal, acho que vivo preso, de uma maneira que nunca me fez feliz. Não quero ser sozinho, só independente. Acho que quando amamos alguém, não devemos querer ser donos dessa pessoa, devemos aprender a respeitá-la num todo, suas características e sua individualidade. O sentimento de posse excessivo é a maior prova que isso deixou de ser amor e passou a ser doença, obsessão.
E o problema maior é que a pessoa não admite a própria doença e se ofende quando você insinua isso.
Não quero dizer que não devemos nos prender a ninguém. Pelo contrário, devemos nos unir sim, mas nessa união, acima de tudo, deve haver respeito.

Fui dormir com vontade de gritar, mas não podia.
Fui dormir com vontade de chorar, também não podia (tinha gente perto de mim até na hora de dormir).
Acordei com vontade de correr, fugir e sumir por um tempo, mas não posso.
Acordei com vontade de ser eu mesmo o tempo todo, mas lembrei que também não posso.
Hoje estou irritado com tudo, até com a mosca que passa na minha frente. Pra piorar, minha mãe resolveu que queria alugar um filme, só que não pode ter cena de sexo nem de terror, nem queria filme infantil, ou seja, já eliminou 90% da locadora. Acabou alugando um filme em que o cara tem que resgatar a filha de presidente dos EUA. AAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu não agüento mais esse tema de filme.
Acho que deve ser um inferno astral. Espero que seja curto. Sábado quero sair. Quero fingir que não esses problemas não existem.
Espero que, no final, as feridas não sejam tão grandes.

Ah! E quanto a resposta da pergunta do título, cada um responde por si mesmo. Para mim, o valor é tão grande, que acho que não consigo traduzir em palavras.

Sunday, May 22, 2005

De olhinhos puxados: Renan

Entre o Silêncio do Ser e a Escrita da Alma

Eu queria destapar essa agonia
Com os vôos desta imaginação
Que se esconde, tal e qual o fim do dia,
Entre os ventos da desorientação.

Eu queria demonstrar minha amizade
E poder-te transmitir aquele abraço
Traduzido nas letras desta vontade
Induzida, risco a risco, traço a traço.

Eu queria dar-te um pouco do meu colo
Cantando-te a mais linda melodia,
Recitando-te os poemas do meu solo,
Aquecendo a lucidez de noite fria.

Eu queria ser um Pássaro presente
Com quem meus amigos possam contar.
É que sinto-me, por vezes, tão doente
E não tenho mesmo jeito de agradar.

Eu queria dar um pouco mais de alento
A quem olha mas não sabe mais sonhar,
Carregando uma vida de tormento,
Compensada no calor que tem para dar.

Eu queria transformar o teu avesso
Que espelha muito bem esse teu verso,
Modificando o meu, eu não me esqueço.
Verso Avesso? Ou apenas Reverso?
(Pássaro Distante - www.apoesia.com => muito bom esse site)


Como faço de vez em quando, gosto de dedicar um post do meu blog para pessoas que acho que merecem.
E esse poema é para uma pessoa muito especial para mim, que fez aniversário essa semana: Renan (e seus olhimhos puxados)
Uma pessoa que eu conheci há quase um ano, mas que sua amizade tomou proporções muito boas no meu coração, que me apoiou e me ajudou no momento em que mais precisei; e é por essas e outras que valorizo tanto a amizade com essa pessoa maravilhosa e a quero para sempre.

Falando em aniversário, vou aproveitar e parabenizar também o Ricardo, que faz niver na quinta-feira e que sabe que sua amizade também tem lugar garantido no meu coração (não vou dedicar um post inteiro a ele porque eu já fiz isso - está em janeiro).
Parabéns para os dois e espero que possam continuar sempre sendo essas pessoa cheias de luz que transmitem tanta coisa boa para todos que os cercam.

Brevemente falarei dos "ismos", que tanto perturbam as cabecinhas pensantes do Ric e do Thiago.

Bjs,
Léo.

Thursday, May 12, 2005

Liberte-se

Vai começar a Bienal do Livro. Será a primeira vez em que irei. Acho que vai ser ótimo. Aproveitando o assunto, escrevi essa semana um conto erótico e trágico. Está uma merda. É horrível, mas tudo bem. Devemos ter coragem de mostrar as coisas ruins que fazemos. E é por isso que resolvi colocá-lo aqui no blog para vocês comentarem.

“Joana estava sozinha em casa enquanto o marido trabalhava. Já tinha preparado a janta para ele, já tinha limpado e arrumado a casa, regado as plantas, lavado e passado as roupas e tantas outras tarefas que lhe cabiam.
Joana, de repente, começou a sentir um arrepio percorrer seu corpo, começou a se tocar, começou pela nuca tocando com celestial leveza como nunca havia acontecido antes, cada centímetro daquele corpo, se despiu completamente, desceu massageando seus seios com mais intensidade passando a própria língua ao redor dos seus mamilos, massageava seu ventre e finalmente chegou na vagina, ela nunca tinha se tocado antes e agora o fazia intensamente, acariciou o clitóris, usou cada dedo para sentir um prazer que ela jamais imaginara existir, seus olhos davam voltas, sua mente entrou em êxtase a cada momento em que sua mão fazia o que seu marido e único homem nunca fora capaz de fazer, tocá-la como uma mulher de verdade, levá-la ao mais extremo prazer, e ela continuou se masturbando, se lambendo, se penetrando até gozar, um êxtase que durou muito mais que poucos segundos, um gozo que parecia eterno e inesquecível, deixando-a deitada no chão da sala, nua, molhada, no céu.
Joana já estava pronta para esperar seu marido quando a noite caiu. Ele chegou, parecia uma fera procurando pela fêmea para matar suas necessidades. Ele a pegou pelos braços, levantou seu vestido, abriu a própria calça e a comeu sem nem tocá-la direito, sem nem beijá-la. Gozou em pouco tempo e foi tomar banho. Joana ficou no quarto, gozada, desolada, chorando.
Joana percebeu que precisou de quarenta anos de casada para entender que não precisava dele, que ele era um merda, que ele não sabia nem comê-la, muito menos entendê-la como mulher, como ser humano.
Joana foi até a cozinha, pegou uma faca e enfiou no meio do peito do canalha que estava no banheiro limpando a porra que escorria de si mesmo. Ela se sentia aliviada. Apesar dos sessenta anos pesarem, ela se sentia uma adolescente. Agora ela queria viver e aprender a sentir prazer, o que deveria ter feito há mais de quarenta anos.”

Gostaria de pedir para ninguém “levar ao pé da letra”. Nem tudo é o que parece. Nessa história, o sexo representa muitas outras coisas, e o assassinato também. A mensagem principal é: liberte-se de tudo que te impeça de ser feliz. Fuja, corra, grite, pule, goze, brinque, beije, abrace, dance, cante, passeie, viva, AME.

Vou aproveitar também para desejar feliz aniversário para um grande amigo meu: Renan (15/05). Que Deus te abençoe e te dê tudo de bom pela pessoa maravilhosa que é. No próximo post, escreverei algo especial para você.

Beijos para todos.
Paz.
Léo.

Tuesday, May 03, 2005

"Poemas", Blogs e "Não vá embora"

A vida é incrível porque, quando a gente pensa que tudo acabou, tudo se renova.
Viva a vida!!!

“Love is ... born with the pleasure of looking at each other, it’s fed with the necessity of seeing each other, and it’s concluded with the impossibility of separation.”
(José Marti)

“Apenas algumas palavras foram precisas
Para eu querer beijar a tua boca
Para eu querer morder a tua nuca
E nas noites frias te desejar na minha vida

E então eu te beijei
Te mordi
E o tesão do teu corpo junto ao meu
Eu senti

Vi teus olhos brilharem como os de uma criança
Tua mão me tocar tão mansa
Com toca o cristal
E nesse momento
As palavras foram jogadas ao vento:
‘Te quero no final’”
(eu mesmo)

“Pelas curvas do teu corpo deslizei
E me embriaguei com o gozo de ter você
Sentindo o mais infinito prazer
Em cada canto teu que beijei

Sob a luz do luar
Vi tua mão se mexer
E a cada suspirar
Em meu corpo promover
Por um eterno momento
Um enorme sentimento
De uma incrível ternura
E foi com a sua doçura
Que vi desaparecer
O medo de estar preso
Preso a você”
(eu mesmo)

Hoje, quero indicar os meus blogs preferidos:
1- www.fotolog.net/denji - Do Dênis e suas poses maravilhosas;
2- www.diariodeummago.blogger.com.br – Do Ricardo e toda sua subjetividade (não sei se esse é nome exato para usar)incrível;
3- www.homerbrain.blogger.com.br – Do Thiago e toda sua prosa e poesia de primeira;
4- www.eurenan.blogspot.com – Do Renan (subjetividade indescritível);
5- www.fotolog.net/guigga - Do Guilherme e seu talento para fotos;
6- www.lahabitaciondepantufh.blogspot.com – Do Cacau com bastante subjetivismo também;
7- www.flogs.com.br/peristoicledes - Do Pedro e seus desenhos impressionantes;
8- www.fotolog.net/sok - Do Gabriel - cada pose também...;
9- www.anjoariano22.blig.ig.com.br – Do Vitor (ainda preciso visitar mais).

Se mais alguém quiser que eu faça propaganda do blog, é só me avisar.

Agora quero dedicar ao Dênis uma música que vi no blog do Vitor:

Não vá embora
(Marisa Monte /Arnaldo Antunes)

"E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça
Você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida

Eu podia ficar, feio, só, perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você
Dá certo

Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca, nunca mais
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca, nunca mais

Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero
Não quero”

É de coração.
Beijos na alma de todos.
Léo.