Saturday, June 25, 2005

I`m going away (para a galera da UERJ)

Esse post é uma espécie de despedida, embora eu não vá sumir, é claro.
Na realidade, eu vou ter que começar a estudar a noite na UERJ por motivos de trabalho. Estou muito feliz porque estou conseguindo um emprego novo e melhor. Vou poder me livrar de todas as cobras do meu atual trabalho.
Enfim, eu não vim aqui para falar deles, mas para falar de vocês e para vocês (só não vou me dirigir à Odara porqe ela também vai para a noite, nem à Natasha, que já está na noite).
Vim dizer que vou sentir muta falta de acordar todos os dias às cinco horas da manhã, chegar na UERJ e encontrar pessoas maravilhosas que me encantam todos os dias, muitas delas que têm um papel muito importante na minha vida, pelo qual serei grato eternamente.
Sentirei muita falta de jogar sueca nos intervalos, das conversas longas, dos pães de queijo do David, da sua fofura, das conversas de cunho sexual com a Cíntia e a Renata, do bom humor da Adriana e da Renata nas manhãs de segunda-feira após a vitória do Botafogo e do Internacional (times dos seus maridos), das fotos lindas da Naiara, de ficar com torcicolo após dar bom dia ao Cláudio, de colocar ciúmes no Emerson agarrando a Priscilinha, de apertar os peitos da Priscila (Lilla), tecnicamente, é claro, de olhar para a Cíntia e achar que nós somos irmãos separados na maternidade, da falta de audição da Phaedra, da calma da Vitória (e seus pratos vegetarianos tbm), das poesias do Thiago (Ponce), do carinho da Patrícia, das seções de psicologia com o Preto, da Bárbara, das piadas entendidas tardiamente pelo Júlio (e suas frases foras hora tbm), da simpatia inconfundível da Elisa, do jeito de vampira da Taíssa, das sacanagens da Rafaela, de encher o saco para o Marcos mostrar o cabelo, dos exageros do André, da Anícia, das risadas da Aline, das loucuras do Thiago (cabeludo), das risadas fora de hora da Cristina, das músicas exóticas do Guilherme e da Duba (Mariana) que eu aprendi a gostar, da timidez do Mauro, da Juliene e do David (da Natasha), do "ótimo bom humor"da Karen.Vou sentir muita falta da beleza estonteante (exterior e principalmente interior) da Natália. Vou sentir muita falta de todo o carinho com a Priscilinha (meu mascote), dos beijos que trocávamos (Emerson, pode ficar tranquilo que era só no rosto), dos abraços apertados e intermináveis que me transmitem uma energia incrível. Vou sentir muita falta do meu chinês preferido, Renan Ji, e de todas as conversas que tivemos, sua paciência comigo, de apertar seu peito em público e vê-lo ficar vermelho de vergonha, da alma linda que esse menino tem. Vou sentir muita falta do Ricardo, da pessoa indescritível que ele é, de tudo que me ensinou, da pessoa que ele me ensinou a ser, por ter mudado a minha vida 100%; hoje sou outra pessoa: mais feliz, vivendo mais intensamente, sendo eu mesmo; vou sentir falta de olhar para ele todos os dias e lembrar que tenho muito mais que um simples amigo, eu tenho um grande irmão para o resto da miha vida.
Aprendi que numa heterogeneidade (será que se escreve assim?) tão grande, muitas pessoas coseguiram formar laços verdadeiros e eternos de amizade.
Vou sentir realmente muita falta de tudo isso. Mas podem ter certeza que não vou deixar vocês em paz, não vou sair da vida de vocês assim facilmente.

Para todos os colegas e amigos que encontrei na UERJ um beijo com muito carinho no coração de vocês.
Léo

Tuesday, June 14, 2005

Reverência ao Destino

Texto de Carlos Drummond de Andrade
(E uma ousadia da minha parte de comentá-los)

Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que
expressem sua opinião. Difícil é expressar por gestos e atitudes o que
realmente queremos dizer, o quanto queremos dizer, antes que a pessoa se
vá. (realmente temos que aprender a fazer isso antes que a pessoa se vá)

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja
ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade
quando for preciso. E com confiança no que diz. (por mais que doa, amigo de verdade não mente para você e está com você sempre que precisar)

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer, ou ter coragem pra
fazer. (nunca quem está fora da situação vai ter a noçào daquela realidade - dor ou alegria)

Fácil é demonstrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te
respeita e te entende. E é assim que perdemos pessoas especiais. (e perdemos mesmo; muitas vezes para sempre)

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar. Difícil é
mentir para o nosso coração. (não é difícil, é impossível; quando você pensa que o enganou, ele grita e te lembra)

Fácil é ver o que queremos enxergar. Difícil é saber que nos iludimos com
o que achávamos ter visto. Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez,
isso é difícil. (admitr as coisas é sempre difícil)

Fácil é dizer "oi" ou "como vai?" Difícil é dizer "adeus".
Principalmente quando somos responsáveis por esta despedida ou culpados
pela partida de alguém de nossas vidas... (é desesperador, enlouquecedor)

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados. Difícil é
sentir a energia que é transmitida. Aquela que toma conta do corpo como
uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa. (é um gozo eterno)

Fácil é querer ser amado. Difícil é amar completamente só. (é difícil e infinitamente triste)

Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois. Amar e
se entregar. (nem é difícil quando se está com apessoa certa).
E aprender a dar valor somente a quem te ama. (isso sim é difícil)

Fácil é ouvir a música que toca. Difícil é ouvir a sua consciência
acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas. (a consciência é uma das piores formas de tortura)

Fácil é ditar regras. Difícil é segui-las. Ter a noção exata de nossas
próprias vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros. (importante)

Fácil é perguntar o que deseja saber. Difícil é estar preparado para
escutar esta resposta. Ou querer entender a resposta. (normalmente ela dói demais)

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade. Difícil é sorrir com vontade
de chorar ou chorar de rir de alegria. (muito difícil)

Fácil é dar um beijo ou dar o corpo. Difícil é entregar a alma.
Sinceramente, por inteiro. (quando o amor é verdadeiro, é infinitamente fácil entregar a alma sem pensar nas consequências, aliás, o amor é burro)

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que
pouquíssimas delas vão te aceitar como você é, te respeitar e te fazer
muito feliz. (e graças à Deus, eu posso dizer que tenho amigos (pouquíssimos) que me aceitam, respeitam e me fazem muito feliz; tento fazer o mesmo)

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica. Difícil é ocupar o
coração de alguém. Saber que se é realmente amado. (isso normalmente é difícil)

Fácil é sonhar todas as noites. Difícil é lutar por um sonho, pelo sonho
certo. (se fosse fácil não seria sonho)

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha
intensidade que se eterniza, e nenhuma força jamais o resgata. (definição linda e perfeita; já tive momentso assim e me orgulho muito deles)

Wednesday, June 01, 2005

Relacionamentos: Look into my eyes!

PRA QUE SERVE UMA RELAÇÃO?
(Drauzio Varela)

"Uma relação tem que servir para você se sentir 100% à vontade com
a outra pessoa, à vontade para concordar com ela e discordar dela, para
ter sexo sem não-me-toques ou para cair no sono logo após o jantar,
pregado.
Uma relação tem que servir para você ter com quem ir ao cinema de mãos
dadas, para ter alguém que instale o som novo enquanto você prepara
uma omelete, para ter alguém com quem viajar para um país distante,
para ter alguém com quem ficar em silêncio sem que nenhum dos dois se
incomode com isso.
Uma relação tem que servir para, às vezes, estimular você a se produzir,
e, quase sempre, estimular você a ser do jeito que é, de cara lavada e
bonitaa seu modo.
Uma relação tem que servir para um e outro se sentirem amparados nas
suas inquietações, para ensinar a confiar, a respeitar as diferenças que há
entre as pessoas, e deve servir para fazer os dois se divertirem demais,
mesmo em casa, principalmente em casa.
Uma relação tem que servir para cobrir as despesas um do outro num
momento de aperto, e cobrir as dores um do outro num momento de
melancolia, e cobrirem o corpo um do outro quando o cobertor cair.
Uma relação tem que servir para um acompanhar o outro no médico,
para um perdoar as fraquezas do outro, para um abrir a garrafa de
vinho e para o outro abrir o jogo, e para os dois abrirem-se para o
mundo, cientes de que o mundo não se resume aos dois."

Achei esse texto espetacular, fantástico. Às vezes a gente esquece o significado simples de uma relação e acaba fazendo tudo errado. Já errei várias vezes e tenho certeza que todo mundo também. Mas a grande virtude está em aprender com os erros e perdoar os erros alheios. Por isso, não só tente não errar, mas também perdoe quem errou.

E pra terminar, escrevi um trequinho:

"Strange times
When you stop and look around
And realize
That everything is alive

Your Feelings
Your Heart
Your Love
And everything inside'm

Touch your chest
Feel the heartbeat

STOP

Look into my eyes
And see the connection
Between their shiness and the beat of your heart

This is Love
As I've never seen before
True Love
That never ends"

(eu mesmo)

Beijos no coração de todos. Muita alegria para todos (especialmente para minha amiga Odara).
Léo.

"Cresci com alegria e alguma dor.
Acho que percebi a origem de ambas.
Talvez por isso continuo a crescer."
[Júlio Roberto]