Wednesday, May 24, 2006

O que significa trair?

Quando você se depara com uma possibilidade de trair a pessoa que você ama, o que vem à sua mente?
1- Ai, se ele(a) descobrir, nosso relacionamento vai acabar...
2- Ele(a) nunca vai descobrir mesmo...
3- Se ele(a) descobrir, vai ficar magoado(a)...
4- Traição física não é traição; traição de verdade é a mental.
5- Só se meu(minha) namorado(a) quiser fazer a três.

Tomara que você não tenha escolhido nenhuma delas. Quando realmente amamos alguém, nenhuma delas vem à nossa cabeça.
É óbvio que se uma pessoa espetacular aparecer na sua frente, você vai achá-la bonita, interessante, sexy e coisa e tal. Você vai até olhar. Mas acho que o pensamento mais lógico que pode vir à cabeça de uma pessoa que ama é: “eu tenho tudo que preciso em casa: carinho, sexo, amor, companheirismo, prazer, etc. Essa pessoa que está na minha frente não vai me servir pra nada.” É por isso que nenhum desses itens pode faltar num relacionamento. Por que, a partir daí, você começa a procurar quem está disposto a te oferecer.
O maior desafio de um relacionamento a dois é não deixar esses elementos essenciais morrerem.
Traição não é falta de caráter, é falta de amor, é falta de olhar nos olhos da pessoa amada e ver seu futuro, é falta de tocar a pessoa amada e seu coração bater mais forte, é falta de abraçar a pessoa amada e desejá-la para o resto da sua vida.
Fidelidade não é sacrifício, é conseqüência de um sentimento chamado amor.
Ame.

Tuesday, May 09, 2006

Dizer, simplesmente

Embaixo de um guarda-chuva, numa noite fria e molhada, um homem diz para sua mulher o que ela sempre quis ouvir.
Se a verdade pode parecer perturbadora para quem fala, é extremamente libertadora para quem ouve. É como se uma mão gigantesca varresse num segundo todas as nossa duvidas. Finalmente se sabe.
Mas sabe-se o quê? O que todos nós, no fundo, queremos saber: se somos amados.
Tal banal, não?
Mas esta banalidade é fomentadora das maiores carências, de traumas que nos aleijam, nos paralisam e nos afastam das pessoas que nos são mais caras.
Por que a dificuldade de dizer para alguém o quanto ele é – ou foi – importante? Dizer não como recurso de sedução, mas como um ato de generosidade, dizer sem esperar nada em troca. Dizer, simplesmente.
A maioria das relações (entre amantes, amigos ou pais e filhos) ampara-se em mentiras parciais e verdades pela metade. Parece que só conseguiremos manter as pessoas ao nosso lado se elas não souberem tudo. Ou, ao menos, se não souberem o essencial. E assim, através da manipulação, a relação passa a ficar doentia, inquieta, frágil.
Deixar o outro inseguro parece ser uma maneira de prendê-lo a nós. Mesmo que ele tente se libertar, estará marrado aos pontos de interrogação que colecionou. Somo sádicos e avaros ao economizar nossos “eu te perdôo”, “eu te compreendo”, “eu te aceito como és”, “perdoa-me” e o nosso mais profundo “eu te amo” – não o “eu te amo” dito às pressas no final de uma ligação, por força do hábito, mas aquele que significa: “seja feliz da maneira que você escolher, meu sentimento permanecerá o mesmo.”
Libertar uma pessoa pode levar menos de um minuto. Oprimi-la é trabalho para uma vida. Mais que as mentiras, o silêncio é que é a verdadeira arma letal das relações humanas.
(adaptação de um texto do jornal “O Globo”)

Por isso, liberte quem você ama de verdade. Diga aquela palavra carinhosa ao pé do ouvido antes de dormir, escreva aquela carta de amor. Não tenha vergonha de se expor. Isso não significa ser fraco. Isso significa amar.
Luz para todos.
Léo.