Monday, October 24, 2005

Casamento gay e aborto em referendo popular

Ontem ao abrir O Globo, fiquei chocado ao ler essa notícia. Não pelo simples fato desses dois temas virem a ser votados em um referendo popular, mas pela intenção de quem está planejamdo isso.
Segundo o jornal, a bancada evangélica, que já se deu conta que será inevitável a votação desses assuntos, quer empurrá-los para a população porque tem certeza de que o povo, muito conservador segundo eles, não permitiria que essas duas propostas fossem aprovadas e então estariam lavando suas próprias mãos. Sua certeza ficou maior ainda diante da vitória do "não" no referendo das armas que já era apontada pelo IBOPE, já que essa posição era considerada a mais conservadora. E o pior é que o novo Presidente da Câmara teria sido eleito com votos dessa bancada sob a promessa de que só discutiria esses temas se eles passassem pelo referendo popular.
Em primeiro lugar, devemos separar os dois temas.
Em relação ao aborto, "sim" e "não" são palavras muito secas para resolver essa questão. Seria preciso uma análise muito cuidadosa do texto a ser aprovado. Concordo que aborto tem que ser autorizado em casos de estupro ou gravidez de risco. Mas liberar aborto sem restrições é loucura. Principalmente por causa da população mais pobre. Alguém já parou para pensar que casais de baixa renda, principalmente adolescentes, quando usam camisinha é apenas para evitar gravidez. Alguém já se tocou que eles não estão nem aí para a AIDS. Se o aborto for liberado, a AIDS vai aumentar muito.
Sobre o casamento gay, acho que essa comparação feita por eles entre o conservadorismo da sociedade no refendo das armas e o possível conservadorismo sobre casamento gay é errônea, já que as classes mais conservadoras da sociedade, que são as altas, são as mais esclarecidas e mais liberais nesse assunto especificamente.
Primeiro ponto, a quantidade de homossexuais (incluindo bissexuais) na sociedade é alta, embora haja uma cortina sobre eles, fazendo a gente acreditar que são minoria. Segundo, grande parte dos heterosexuais, inclusive frequentadores de várias religiões já se mostram a favor da união legal entre casais gays. Talvez enfrentaríamos alguma resistência dentros do próprio meio gay, já que eu já ouvi alguns serem contra. Sobre pessoas que pensam assim, elas devriam pensar que:
1-Ninguém está querendo celebração religiosa. É só direito civil. Que já existem alguns, é verdade, mas que precisam ser aprimorados;
2- Ao ser a favor do casamento gay, não quer dizer que todo homossexual vai ter que casar. Você só está defendendo o direito do outro escolher se ele quer casar ou não.
Se você me perguntar se eu quero casar, direi que, sem dúvida, quero casar no sentido de morar junto. Se vou assinar ou não papel, isso vai depender da decisão que eu e meu companheiro tomarmos. Mas mesmo que eu não tivesse vontade nenhuma de casar, eu não teria o direito de impedir os outos de quererem.

Enfim... Espero que a "lógica" da bancada evangélica esteja errada. E que se essa decisão vier cair na mão do povo, ele saiba votar.

Muita luz para todos.
Beijos,
Léo.

Friday, October 14, 2005

O caminho menos percorrido

Esse é um poema de Robert Frost, poeta norte-americano. Preste bastante atenção nos últimos versos:

"Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I--
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference."

Escolher o caminho menos percorrido e ser autêntico faz toda a diferença na vida de uma pessoa. Não adianta ser igual a todos, não saber inovar em nada, porque cai na mesmice de ser apenas mais um na sociedade.
Você não tem que fazer tudo que os outros que estão ao seu redor fazem, nem pensar tudo que eles pensam para ter que ser aceito. Os outros é que têm que nos aceitar do jeito que somos.
Isso não significa que não se deve ceder nem mudar em nada, porque isso é burrice. O que eu quero dizer é, como diz Gabriel o Pensador, "seja você, mas não seja sempre o mesmo".

Beijos para todos e em especial para a minha amiga maravilhosa, gostosa, poderosa e siliconada de natureza que faz aniversário hoje, Priscilinha. Menina, você mora no meu coração, por tudo que você representa, sua bondade, seu carisma, sua beleza interior (e claro que exterior também), enfim... PARABÉNS!!!
Luz pra todos.

Tuesday, October 04, 2005

Auto-confiança

Escolhi algumas frases do texto "Self-Reliance", de Ralph Waldo Emerson, autor norte-mericano do século XIX.

"Quem é homem, nunca deve se conformar com as regras e padrões pré-estabelecidos por outros."

"Há uma hora na vida de todo homem em que ele descobre que inveja é ignorância, imitação é suicídio e que o melhor e o pior está dentro dele mesmo."

"Um homem só é feliz quando ele coloca seu coração no seu trabalho para fazer o melhor de si."

"Deus não se manifestará em covardes."

"Bondade e maldade são nomes que variam rapidamente entre isso e aquilo; o único certo é o que está a meu favor; e o errado é o que está contra."

"Por algumas pessoas eu iria até preso se fosse preciso; mas por qualquer um..., bondade tem limites."

"O que eu tenho que fazer é tudo que me preocupa; não o que as pessoas pensam."

"Ao não se conformar com o mundo, este te chicoteia com o seu próprio desprazer."

É claro que as opiniões dele são fortes e muitas vezes exageradas, mas vale a pena parar para pensar em algumas coisas sim.
Beijos para todos,
Léo.