Tuesday, February 22, 2005

Crítica à Eleição da Câmara

Olá pessoal,

Essa semana, resolvi falar de um assunto que não é comum no meu blog, mas realmente há a necessidade de abordá-lo. É sobre a eleição do novo presidente da Câmara dos Deputados. Uma série de fatores levaram a Câmara a eleger uma pessoa que só servirá para atrapalhar a vida de nosso país.
A começar pela incompetência do governo de controlar o próprio partido.
Daí, segue o PT, que não consegue de jeito nenhum se organizar, começando pela escolha de quem seria o candidato do partido. Acabou com um candidato sem aprovação de muita gente (o oficial) e um outro avulso.
E termina com a falta de objetivo dos aliados e a ganância desses mesmos e da oposição, que fizeram exatamente o oposto do que haviam prometido (que seria votar no candidato oficial do governo) pensando em desestabilizar a reeleição de Lula.
E foi com essa série de fatores que um candidato que, inicialmente, “ninguém sabia que existia” ganhou um cargo de tal importância. O maior problema não é o governo ficar sem representantes na direção da câmara, embora isso já tenha feito até o Risco-Brasil subir. Na realidade, o governo até merece não ter alguém que abaixe a cabeça toda hora que ele deseja. O problema maior é que a pessoa que foi eleita, Severino Cavalcanti (PP - PE), é um político que apoiou a ditadura, inclusive já há planos de devolver o nome ARENA ao atual PP, é católico fervoroso, ultra-conservador, contra qualquer lei que venha apoiar a comunidade GLBT, principalmente em relação ao casamento gay, contra leis a favor da mulher, contra a pesquisa de célula-tronco, que é tão importante para a cura de doenças graves, como o câncer e diabetes, contra a Reforma Política e, para finalizar com chave de ouro, garantiu que dará um aumento para os deputados federais (e conseqüentemente para os estaduais e vereadores) de pouco mais de R$12.000,00 para R$20.500,00 e com outro aumento previsto para o dia primeiro de janeiro de 2006 para mais de R$24.000,00. Segundo ele é porque os deputados precisam de uma “vida digna”. E é óbvio que essa promessa de campanha dele de aumento de salário dos parlamentares foi mais uma maneira de conseguir votos na câmara, além de ir até o PSDB e se oferecer para apoiá-lo nas eleições de 2006 caso eles votassem nele. E ainda disse que se algum deputado for contra o aumento, deve mandar uma carta renunciando o dinheiro, mas não irá desistir de cumprir sua promessa de campanha. Agora, o tímido PP quer um ministério de peso no governo. Mas até quando? Provavelmente até o início da campanha eleitoral do ano que vem, quando ele largará o ministério e subirá no palanque de Alckmin, Aécio, Serra, FH e companhia para derrubar Lula. Espero que ele é que caia do palanque. Espero também que o governo aprenda a lição que é preferível ter uma base menor e fiel a ter maioria na câmara, sendo que quase todos só estão esperando o melhor momento de “dar o bote”.
Não vim aqui para defender o Lula, até porque ainda não sei em quem vou votar. Vim aqui para defender o avanço do nosso país, que estará bem comprometido enquanto pessoas como Severino, que aliás é a cara de um personagem do filme “Guerra nas Estrelas”, estiverem no comando e enquanto interesses políticos vierem sempre na frente dos interesses da população.
Espero que tenhamos aprendido a lição.

Abraços,
Léo

Tuesday, February 15, 2005

2005 e Amizade

Bem, falar de 2005 é muito bom porque esse ano começou de forma incrível. Fiz muitas coisas que eu já desejava há tempos e conheci pessoas legais. Começou quando fui visitar a árvore de natal da Lagoa, fui ao show da Maria Rita na praia, fui pela primeira vez à The Place, fui ao show da Ana Carolina no Canecão e assisti ao desfile das escolas de samba do Rio no Sambódromo.
Conheci pessoas especiais como a Mariana, a Marta, o Lukas, o Rodrigo, o Vitor e o André, além de recuperar contato com grandes amigos de muito anos, como o Marco e o Juliano, e outros de nem tantos anos como o Pedro. Graças à Deus continuo cercado de pessoas que não me deixam só e que são muito importantes para mim como o Gustavo, a Odara, o Ricardo, o Renan, o Márcio e o Thiago (de São João...) e tantos outros que se importam comigo (desculpem-me por não colocar o nome de todos). 2005 realmente começou muito bem, ouvir Ana Carolina, beijar muito, estar no sambódromo assistindo àquele espetáculo e ainda conhecer pessoas especiais não é sempre que acontece. Só tenho que agradecer à Deus.

Falando de amizade, recebi um e-mail muito bonito essa semana que representa um agradecimento a um amigo. E eu o dedico a todos aqueles que são meus amigos de verdade, que ficam felizes com a minha felicidade e que ficam tristes com o meu sofrimento. Não preciso citar nomes. Eles, embora poucos, sabem que eu os amo do fundo do meu coração. Esse texto é para vocês:
" Pela amizade que você me devota;
Por meus defeitos que você nem nota;
Por meus valores que você aumenta;
Por minha fé que você alimenta;
Por essa paz que nós nos transmitimos;
Por este pão de amor que repartimos;
Pelo silêncio que diz quase tudo;
Por este olhar que me reprova mudo;
Pela pureza de seus sentimentos;
Pela presença em todos os momentos;
Por ser presente mesmo quando ausente;
Por ser feliz quando me vê contente;
Por este olhar que diz amigo vá em frente;
Por ficar triste quando estou tristonho;
Por rir comigo quando estou risonho;
Por repreender-me quando estou errado;
Por meu segredo sempre bem guardado;
Por seu segredo que só eu conheço;
E por achar que apenas eu mereço;
Por me apontar pra Deus a todo instante;
Por esse amor fraterno tão constante;
Por tudo isso e muito mais eu digo:
Deus te abençoe meu querido AMIGO - IRMÃO."
É para todos os meus amigos que eu amo muito.
Beijos,
Léo.

Wednesday, February 09, 2005

Carnaval 2005 - Imperatriz: Gustavo

Bem, na realidade, não estou aqui para falar do carnaval , nem da Imperatriz. Isso, vou deixar para outra oportunidade. Esse título faz referência à promessa que eu havia feito no início do ano de uma vez por mês falar de uma pessoa especial para mim. E, nesse mês, resolvi falar do Gustavo. E como ele é fã número 1 da Imperatriz (inclusive desfilou este ano na própria escola, além da Unidos da Tijuca), decidi colocar o samba enredo desse ano para homenageá-lo.
Antes do samba, eu só queria falar um pouco do que ele é para mim. Eu o conheço há dois anos, mas nossa amizade só apareceu há mais ou menos um ano. E, graças à Deus, nos entendemos muito bem. Hoje, eu o considero como o irmão que eu não tive. Quero demonstrar aqui que eu gosto muito desse menino. É uma pessoa que me faz muito bem; que está sempre comigo quando preciso.
Bem, o samba desse ano foi um dos mais bonitos e é esse:
"Era uma vez...
E um sorriso de criança faz a gente acreditar...
Era uma vez...
Em um mundo encantado, se prepare pra sonhar...
Contos de fadas, rainhas e reis...
Roupas que o povo não pode enxergar
Os sapatinhos dançando sozinhos
Um rouxinol a cantar
Sereia menina, a bailarina...
Universo criado por um sonhador
E o menino venceu a pobreza
E fez da arte a linda princesa
Com quem viveu grande amor
Pega a viola o repentista
Conta em versos que o grande artista
Da Dinamarca
Voou, foi além
Como um cisne altaneiro
Hans Christian Andersen

Foi Monteiro Lobato
Um mestre de fato da literatura infantil
Histórias escritas com arte
E de todas as partes contou no Brasil
O sítio não tem fronteiras
Abrindo as porteiras pra imaginação
Dona Benta recebe encantado
O povo dos contos de fadas
Numa delirante confusão

A turma do sítio apronta
A imperatriz faz de conta
Emília cantando assim:
Vem viajar nessa história
É só dizer pirlimpimpim"
Bem, Gustavo, espero que nossa amizade possa ser eterna, e saiba que pode contar comigo para o que você precisar. Você mora no meu coração.
Beijos,
Léo

Tuesday, February 01, 2005

Ser humano é ser imperfeito. Viva ao extremo. Sem preconceitos.

"Esse é o mundo que tá pra ser feito
E no fundo de tudo
Um defeito
É degrau importante na escada do perfeito
Torto
Pobre
Mal-feito
Todo vivente pode andar reto
Porque humano não é ruim nem mau
Humano é ser incompleto"

(Trecho retirado da microssérie da TV Globo "Hoje é dia de Maria")

Por muita sorte, esse capítulo eu assiti gravado, o que me permitiu poder copiar esse techo que achei tão significativo.
A grande perfeição do ser humano está no fato de ser imperfeito. Imagine um mundo com todas as pessoas fazendo tudo corretamente, sem erros, sem defeitos, seria um mundo morno, um mundo que vive sem emoções, sem extremos; um mundo que vive do "quase" como diz Luis Fernando Veríssimo em um dos mais belos textos que já li:

"Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase.
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
(Luís Fernando Veríssimo)
(Texto que foi recitado belissimamente pela Ana arolina em seu show "Estampado", ao qual assisti no caecão nesse domingo)

E é por isso que digo que devemos viver intensamente cada momento da vida. Ir aos extremos faz parte do jogo. Rir e chorar, porque viver de "quase" não dá. Mesmo que isso nos leve ao erro, como falei inicialmente. Errar é humano. É errando que se aprende. É sofrendo que se dá valor aos momentos felizes. Porque só quem já chorou é que sabe o grande valor que tem um sorriso.

E quando a gente condena alguém por seus erros e defeitos, sem ao menos conhecer melhor essa pessoa e o que a levou a isso, estamos esquecendo que ela é humana. E é esse sentimento de condenação que nos leva ao preconceito de achar de achar que só nossa atitudes é que estão corretas e que nós mesmos servimos de base para comparar se o que o outro faz é certo ou errado. Eu decidi falar isso, não porque eu nunca tenha julgado ninguém, mas porque já julguei, errei e aprendi essa lição. Retomando a linha de pensamento, só os momentos ruins da vida são capazes de nos ensinar o verdadeiro sentido dela para, então, podermos dá-la o seu devido valor.
Viva.



Mudando de assunto e falando de mim, fui assistir à Ana Carolina no Canecão. A mulher é maravilhosa mesmo. Canta demais. E foi muito bom porque revi dois grandes amigos de anos dos quais eu estava um pouco distante, e, de quebra, ainda me apresentaram duas meninas super legais. Depois eu falo mais sobre isso.

Sobre os filmes, hoje eu vi "Kill Bill". Além das cenas espetaculares de luta, a história do filme, embora se perca um pouco no meio de tanta luta, é boa e, no final, fiquei louco para ver a continuação. Conseguiu alcançar o objetivo. Assitam.

Beijos e muito amor no coração de todos,
Léo