Thursday, May 12, 2005

Liberte-se

Vai começar a Bienal do Livro. Será a primeira vez em que irei. Acho que vai ser ótimo. Aproveitando o assunto, escrevi essa semana um conto erótico e trágico. Está uma merda. É horrível, mas tudo bem. Devemos ter coragem de mostrar as coisas ruins que fazemos. E é por isso que resolvi colocá-lo aqui no blog para vocês comentarem.

“Joana estava sozinha em casa enquanto o marido trabalhava. Já tinha preparado a janta para ele, já tinha limpado e arrumado a casa, regado as plantas, lavado e passado as roupas e tantas outras tarefas que lhe cabiam.
Joana, de repente, começou a sentir um arrepio percorrer seu corpo, começou a se tocar, começou pela nuca tocando com celestial leveza como nunca havia acontecido antes, cada centímetro daquele corpo, se despiu completamente, desceu massageando seus seios com mais intensidade passando a própria língua ao redor dos seus mamilos, massageava seu ventre e finalmente chegou na vagina, ela nunca tinha se tocado antes e agora o fazia intensamente, acariciou o clitóris, usou cada dedo para sentir um prazer que ela jamais imaginara existir, seus olhos davam voltas, sua mente entrou em êxtase a cada momento em que sua mão fazia o que seu marido e único homem nunca fora capaz de fazer, tocá-la como uma mulher de verdade, levá-la ao mais extremo prazer, e ela continuou se masturbando, se lambendo, se penetrando até gozar, um êxtase que durou muito mais que poucos segundos, um gozo que parecia eterno e inesquecível, deixando-a deitada no chão da sala, nua, molhada, no céu.
Joana já estava pronta para esperar seu marido quando a noite caiu. Ele chegou, parecia uma fera procurando pela fêmea para matar suas necessidades. Ele a pegou pelos braços, levantou seu vestido, abriu a própria calça e a comeu sem nem tocá-la direito, sem nem beijá-la. Gozou em pouco tempo e foi tomar banho. Joana ficou no quarto, gozada, desolada, chorando.
Joana percebeu que precisou de quarenta anos de casada para entender que não precisava dele, que ele era um merda, que ele não sabia nem comê-la, muito menos entendê-la como mulher, como ser humano.
Joana foi até a cozinha, pegou uma faca e enfiou no meio do peito do canalha que estava no banheiro limpando a porra que escorria de si mesmo. Ela se sentia aliviada. Apesar dos sessenta anos pesarem, ela se sentia uma adolescente. Agora ela queria viver e aprender a sentir prazer, o que deveria ter feito há mais de quarenta anos.”

Gostaria de pedir para ninguém “levar ao pé da letra”. Nem tudo é o que parece. Nessa história, o sexo representa muitas outras coisas, e o assassinato também. A mensagem principal é: liberte-se de tudo que te impeça de ser feliz. Fuja, corra, grite, pule, goze, brinque, beije, abrace, dance, cante, passeie, viva, AME.

Vou aproveitar também para desejar feliz aniversário para um grande amigo meu: Renan (15/05). Que Deus te abençoe e te dê tudo de bom pela pessoa maravilhosa que é. No próximo post, escreverei algo especial para você.

Beijos para todos.
Paz.
Léo.

2 Comments:

Anonymous Anonymous said...

,,, pesadinho, né??!!
mas enfim,,, rs,,, pode deixar q qdo eu aprender a tocar violão melhor eu te ensino! ((RICKY))

12:11 AM  
Anonymous Anonymous said...

Koé, mlk!
Vocês tão muito multiescritores.. haha
Escrevem contos, poemas, cronicas.. Ta saindo de tudo da cabeça de vocês, de todas as maneiras! haha
Maneiro o conto, meio intenso demais, rs, mas é legal variar!
Até +

Thiago Ponce

12:28 PM  

Post a Comment

Subscribe to Post Comments [Atom]

<< Home